As doenças cardiovasculares (DCV) são a maior causa de morte nos países desenvolvidos e responsáveis por cerca de 30% da mortalidade total no mundo. Até o ano 2040, o Brasil terá chegado ao maior índice de óbitos por DCV do mundo, superando países com maiores índices demográficos como a China e a Índia.
Assim, a doença carotídea vem recebendo grande atenção por parte de diversas sociedades internacionais de radiologia, cirurgia vascular e cardiologia em razão do grande interesse no diagnóstico e tratamento da doença aterosclerótica. O sistema carotídeo e vertebral extracraniano é facilmente avaliado pela ultrassonografia Doppler tornando-a, assim, em várias instituições, o método de escolha para diagnóstico e decisão terapêutica.
Tanto a medida da espessura mediointimal (EMI) das artérias carótidas quanto a presença de placa carotídea (PC), ambas detectadas pela ultrassonografia Doppler, são consideradas fatores agravantes.
Exame completo das carótidas e artérias vertebrais, bem como novos recursos tecnológicos podem melhorar a acurácia diagnóstica e a representação final dos dados. Entende-se como exame completo aquele capaz de identificar e quantificar corretamente as estenoses das carótidas e artérias vertebrais dentro de níveis de sensibilidade, especificidade e acurária semelhantes à média encontrada na literatura mundial.
Quando todas as categorias de doença das carótidas são consideradas, a especificidade da ultrassonografia Doppler é de 88%, e a sensibilidade, de 99%, para distinguir um ramo interno normal ou doente, quando comparada à arteriografia.